quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Apontamentos sobre arte conceitual

Na universidade tivemos de realizar alguns trabalhos conceituais. Assim, certamente, tive de pesquisar bastante antes sobre esse assunto.
Verificamos os rudimentos da arte conceitual entre as décadas de 1910-20, tendo Marcel Duchamp (lembram, do post sobre dadaísmo?) como o principal precursor, por meio de sua técnica dos readymades (só lembrando a técnica - é trazer objetos do mundo cotidiano para o mundo das artes, como o mictório que Duchamp expôs). Porém, o movimento apareceu no cenário artístico de forma declarada a partir de meados da década de 1960, fruto do vanguardismo europeu e norteamericano.
Mas afinal, o que é arte conceitual? Bom, o nome dá uma pista; é, grosso modo, a forma de arte baseada no conceito. A ideia, aqui, é mais importante do que aquilo no que a própria obra resultou; é mais importante que o objeto artístico. É também uma das vertentes da arte contemporânea.
Como a obra de arte não é lida como se lê um texto, mas sim como a uma linguagem visual, não cabe ao artista decifrá-la para o observador, mas sim compete a este interpretar o que o artista quis transmitir com a sua obra. Assim, a obra não está pronta de bandeja para o observador apenas "lê-la", mas ele precisa decifrar, interpretar, compreender o conceito por trás dela; aí sim a obra poderá ser apreciada em toda a sua plenitude. Normalmente a arte conceitual não desperta muito interesse nas pessoas, que preferem aquilo que já está "pronto", "mastigado", mas é um excelente exercício intelectual tentar compreender uma obra dessas, e não apenas chegar na galeria, olhar apressadamente, dizer que não gosta ou que gosta, e passar adiante para o próximo trabalho. A arte conceitual exige mais de você, admirador de arte, que deve estar atento e pensar e refletir muito.

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