Na universidade tivemos de realizar alguns trabalhos conceituais. Assim, certamente, tive de pesquisar bastante antes sobre esse assunto.
Verificamos os rudimentos da arte conceitual entre as décadas de 1910-20, tendo Marcel Duchamp (lembram, do post sobre dadaísmo?) como o principal precursor, por meio de sua técnica dos readymades (só lembrando a técnica - é trazer objetos do mundo cotidiano para o mundo das artes, como o mictório que Duchamp expôs). Porém, o movimento apareceu no cenário artístico de forma declarada a partir de meados da década de 1960, fruto do vanguardismo europeu e norteamericano.
Mas afinal, o que é arte conceitual? Bom, o nome dá uma pista; é, grosso modo, a forma de arte baseada no conceito. A ideia, aqui, é mais importante do que aquilo no que a própria obra resultou; é mais importante que o objeto artístico. É também uma das vertentes da arte contemporânea.
Como a obra de arte não é lida como se lê um texto, mas sim como a uma linguagem visual, não cabe ao artista decifrá-la para o observador, mas sim compete a este interpretar o que o artista quis transmitir com a sua obra. Assim, a obra não está pronta de bandeja para o observador apenas "lê-la", mas ele precisa decifrar, interpretar, compreender o conceito por trás dela; aí sim a obra poderá ser apreciada em toda a sua plenitude. Normalmente a arte conceitual não desperta muito interesse nas pessoas, que preferem aquilo que já está "pronto", "mastigado", mas é um excelente exercício intelectual tentar compreender uma obra dessas, e não apenas chegar na galeria, olhar apressadamente, dizer que não gosta ou que gosta, e passar adiante para o próximo trabalho. A arte conceitual exige mais de você, admirador de arte, que deve estar atento e pensar e refletir muito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário