sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ergonomia voltada para o design de interiores

Qualquer profissional de design deve estudar bastante, tanto na universidade quanto fora dela, a questão da ergonomia. Ela é primordial para projetar um espaço ou produto "[...] a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas." (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ergonomia). Quem vai querer comprar uma cadeira de computador que seja dura, sem apoio para os braços, baixa demais, etc? Certamente essa pessoa, se sentar nela, em alguns minutos estará começando a sentir dores e desconforto, prejudicando, assim, as funções de seu corpo e, por consequência, a sua produtividade. Quem vai querer ler um livro com letras tão minúsculas que seja necessário apertar os olhos para enxergar? Com certeza só de olhar para o conjunto do texto a pessoas já começará a ficar com dor de cabeça. E assim por diante. Design precisa caminhar lado a lado com a ergonomia, pois quando ela não é observada traz como consequências doenças ocupacionais, má postura, LER, stress, e outros problemas de saúde. Por isso é fundamental estudar as possibilidades e limitações do corpo humano, antropometria e disciplinas similares para melhor adaptar o design à engenharia do corpo humano.
Entrando na nossa área, design de interiores, é super importante conhecer o cliente e realizar algumas verificações antes de criar o projeto. Para isso é necessário entrevistá-lo, conhecer suas necessidades, limitações, o espaço que tem disponível e saber trabalhá-lo da melhor forma. É o caso, por exemplo, de alguém que mora com os pais, já idosos, ou um cadeirante, ou alguém de estatura baixa, ou que more com crianças pequenas, ou alguém que trabalhe muito tempo em casa e precise que seja criado um home office, ou poltronas para uma aeronave, para um cinema, ou para o teatro, escritórios... são tantas as situações possíveis! O projeto do designer deverá estar completamente voltado para essas situações, como armários altos que deslizem para baixo, bancadas na altura da cadeira de rodas, barras no banheiro para idosos e cadeirantes, etc. É necessário pensar em absolutamente tudo, para que a demanda do corpo de cada cliente seja respeitada e que ele aproveite do conforto, da praticidade, da usabilidade, da funcionalidade, da estética do ambiente.
Em um espaço é preciso tirar proveito dos seus pontos fortes e tentar anular ou amenizar os pontos fracos. É preciso saber aproveitar a luz e a ventilação naturais, evitar ruídos excessivos, ambiente mal iluminado, abafado, etc. Tudas essas são questões que também entram no estudo que o designer realiza no ambiente para depois intervir nele. Ele tem que estudar o(s) cliente(s) e o espaço que ele(s) tem disponível. A partir daí poderá o designer dar início à criação de seu projeto, sempre pensando em todos os detalhes e critérios arrolados no final do parágrafo anterior.
Para visualizar de forma básica alguns pontos atinentes à ergonomia e à antropometria (anthropos = homem; metron = medida), seguem algumas imagens muito informativas.


















Não deve ser deixado de ser abordado esse assunto quando se fala em design, e muito menos quando se está criando um projeto para um cliente.

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